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Microsoft acusada de violar privacidade dos utilizadores

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A ferramenta de avaliação de produtividade do Microsoft 365 está a ser acusada de violar a privacidade dos utilizadores. Este mecanismo foi criado para dar visibilidade à rotina de trabalho das empresas, com recurso a vários dados, nomeadamente gráficos e percentagens sobre a atividade de grupo e comunicação via chats e e-mails.

De acordo com Wolfie Christl as métricas apresentadas são “altamente arbitrárias”. No seu perfil do Twitter, o investigador austríaco escreveu que “cada vez mais as empresas exploram metadados registados por software e dispositivos para análise de desempenho e controle algorítmico”.

 

“Práticas que conhecemos do desenvolvimento de software (e fábricas e call centers) são expandidas para todo o trabalho administrativo”, acrescentou Wolfie Christl, frisando que a Microsoft “está a fornecer as ferramentas para isso”.

Do lado Microsoft, o vice-presidente Jared Spataro garante que a avaliação de produtividade “não é uma ferramenta de controlo de trabalho”, mas uma forma de apresentar “novas maneiras de trabalhar, fornecendo às equipas ótimas experiências de colaboração e tecnologia”. De acordo com o responsável, “para manter a privacidade e a confiança, […] os dados de utilizador providos na medição de produtividade são agregados ao longo de um período de 28 dias”.

 

Numa altura em que os investigadores alertam para um aumento da vigilância remota dos trabalhadores, em consequência do distanciamento provocado pela pandemia de covid-19, a Microsoft não conseguiu romper com as críticas.

De acordo com o cofundador da empresa de software Basecamp, David Hansson, “estar sob vigilância constante no trabalho é abuso psicológico”. Na sua conta do Twitter, o responsável sublinhou que “ter que se preocupar em parecer ocupado para as estatísticas é a última coisa que precisamos infligir a alguém agora”.

 

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